terça-feira, 3 de novembro de 2009
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Nariz de Prata nos remete à história de "Barba Azul". Nesta versão, Italo Calvino se baseia nas lendas religiosas medievais, nas quais as vítimas não são as esposas, mas as moças que trabalham como criadas. Barba Azul é o diabo - com aspecto gentil – e, a porta proibida, a entrada para o inferno. Sendo o diabo uma das figuras mais populares do final da Idade Média, é apresentado como um "Pobre Diabo".
Escolhemos a versão de Italo Calvino, recolhida das fábulas da tradição oral italiana, por sua escrita refinada e, principalmente, por sua capacidade de criar uma narrativa econômica, a qual "nos transporta, inesperadamente, para um mundo mágico em grandes saltos no tempo". Esta foi a chave fundamental que nos abriu a possibilidade de passar da literatura à dramaturgia.
As fábulas, em geral, contêm uma forte manifestação do inconsciente. São histórias para serem entendidas além dos fatos que narram, são arquetípicas. Em Nariz de Prata, seu conteúdo simbólico remete ao feminino, ao rito de passagem que transforma a menina em mulher. O espetáculo mostra uma menina aprendendo a não ter medo, a desenvolver a confiança em si mesma e a ter noção clara dos valores da família. De forma lúdica e poética, evidencia as contradições, dúvidas, descobertas e sustos inerentes a esta fase de transformação.
Mas é também um conto útil para todas as mulheres, de qualquer idade, já que propicia um largo entendimento sobre os processos de individuação feminina e sobre a superação das suas dificuldades internas. A mulher aprendendo a ouvir o seu íntimo, a suportar a visão da realidade do mundo e a fazer a “pergunta-chave”: Trabalhar com textos de Italo Calvino também está relacionado com a fonte do nosso aprendizado teatral, com mestres italianos como Eugenio Barba (Grupo Odin Teatret) e Pino di Buduo (diretor do Grupo Teatro Potlach). São eles que nos ensinam e nos orientam sobre a consistência de um grupo, a importância da continuidade de trabalho e sobre a necessidade da pesquisa e do treinamento do ator para o teatro contemporâneo.
Concepção, Direção | MARILENNA BIBAS
Atrizes
MARILENNA BIBAS (Nariz de Prata)
KAREN BRUSTOLIN (Luzia – Filha mais jovem)
AYUMI SOUZA (Pepa – Filha do meio)
PRISCILA DANNY (Carlota – Filha mais velha)
MARISA AVELLAR (Mãe)
Violinista |
Texto | MARILENNA BIBAS,
inspirado na fábula de ITALO CALVINO
Trilha Sonora | MARILENNA BIBAS, LUIZ GARCIA
Desenho de Luz | PAULO CÉSAR MEDEIROS
Cenografia | DOMINGOS DE ALCÂNTARA
Figurinos | RÔ NASCIMENTO
Direção de Movimento | MARILENNA BIBAS
Visagismo | ROSE VERÇOSA
Design Gráfico e Fotos | ULISSES DE OLIVEIRA / BLENZ
Direção de Produção | MARILENNA BIBAS
Realização | grupo OMAMË TEATRO – *15 ANOS*
Linda foto! Roberta.. fabvor me convidar pra amigo lá no face www.facebook.com/AFRANIOAFRA
ResponderExcluirEstou de castigo o FACE não deixa eu convidar ninguém até novembro.. mas vc pode me convidar.. se desejar é claro.. .bj